Métodos inovadores podem revolucionar o futuro dos antibióticos
Métodos inovadores de pesquisa e desenvolvimento trazem boas notícias quando o assunto envolve os antibióticos.
Logo após o final da Primeira Guerra Mundial, o médico escocês Alexander Fleming iniciou estudos para aliviar os problemas causados por infecções que se instalavam nos soldados e nas pessoas feridas nos combates.
Após muita dedicação, a penicilina surgiu, modificando completamente a história da medicina mundial.
O sucesso dessa descoberta se propagou, porém, infelizmente, o uso inadequado desses medicamentos colaboraram para que bactérias nocivas se tornassem resistentes e muitos desses fármacos simplesmente deixaram de ser úteis.
Neste post, apresentaremos os métodos inovadores que podem revolucionar o futuro dos antibióticos em todo o mundo. Continue a leitura e confira detalhes a esse respeito!
A necessidade da inovação no mundo dos antibióticos
Não existem dúvidas que os antibióticos são essenciais e produzem grandes resultados no combate à população microbiana, salvando vidas e diminuindo significativamente o sofrimento de quem precisa de ajuda.
Porém, como vimos anteriormente, esses fármacos precisam de novas formulações e métodos inovadores que possam evitar a temida resistência conquistada por esses grandes inimigos da saúde pública.
Apesar do controle que atualmente existe e está previsto na legislação através da RDC nº 20/2011, esses fármacos necessitam de novas formulações, uma vez que muitos deles acabaram perdendo a capacidade antimicrobiana.
A partir dessa realidade, laboratórios de todo o mundo passaram a buscar por alternativas e grandes resultados estão sendo conquistados, onde métodos inovadores fazem toda a diferença com relação a esse assunto.
Inovações que podem revolucionar o futuro dos antibióticos
Os primeiros antibióticos desenvolvidos tinham suas origens de forma natural, provenientes de culturas de microrganismos, especialmente aqueles que habitam o solo e são conhecidos como actinomicetos.
As novas descobertas possibilitam inovações no desenvolvimento de antibióticos, por isso apresentaremos três pesquisas que valem a pena ser conhecidas:
Zosurabalpina
As bactérias Gram-negativas nocivas acabam de conhecer um inimigo impiedoso e que conseguem atravessar suas membranas duplas e atuar diretamente no citoplasma, intoxicando e levando essas células à morte.
A zosurabalpina é o resultado de um estudo realizado com 45 mil pequenas moléculas de antibióticos, onde foram identificadas aquelas que inibem o crescimento de diferentes tipos de bactérias.
Esse é o caso da Acinetobacter baumannii, uma bactéria conhecida por sua resistência a múltiplos antibióticos que vem se mostrando ineficaz quando atingida pela zosurabalpina, uma formulação que bloqueia a criação ou formação de suas membranas externas.
Esse certamente é o melhor caminho para combater outro grande inimigo que possui as mesmas características: o Escherichia coli.
Técnica BRET
BRET, sigla inglesa para “bioluminescence resonance energy transfer”, é uma ferramenta que tem como base a transferência de energia luminescente.
Essa ação possibilita a fusão de moléculas doadoras (luciferase) e aceitadoras (fluorescentes) a proteínas de interesse, permitindo que se possa avaliar o comportamento de pequenas moléculas da célula.
A partir dessa técnica, permite-se descobrir, desenvolver e aprovar novos antimicrobianos, especialmente aqueles destinados a patógenos Gram-negativos.
Essa técnica favorece a descoberta de antibióticos a partir da avaliação da eficiência de novas moléculas em tempo real.
Microbiota humana
Outra maneira de criarmos novos antibióticos é encontrada no próprio corpo humano, onde muitos microrganismos inócuos ou benéficos formam uma comunidade microbiana complexa, conhecida como microbiota.
O sequenciamento e a análise do DNA de amostras da microbiota que estão presentes em diversas partes do corpo humano apresentam os vários genes envolvidos na síntese de moléculas bioativas.
A partir dessas análises, surgem estratégias para o desenvolvimento de novos fármacos que preservam ou restauram a flora bacteriana benéfica, reduzindo os efeitos colaterais e resistência.
Como se observa, todos esses estudos apresentam métodos inovadores que podem e certamente irão revolucionar o futuro dos antibióticos, proporcionando uma melhora significativa na qualidade de vida e saúde das pessoas.
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