Quais são as causas do aumento das internações por doenças respiratórias?

Infelizmente as doenças respiratórias cresceram em todo o país e as internações seguiram a mesma tendência.

De acordo com uma pesquisa realizada em 27 hospitais do Brasil pela Planisa, empresa de gestão hospitalar, as internações em função de problemas envolvendo as vias respiratórias aumentaram 27,6% entre janeiro e agosto de 2024, quando comparados ao mesmo período do ano anterior.

É um problema sério que precisa de atenção e que envolve ações para o atendimento a uma demanda e todo o seu aspecto logístico, bem como no aumento dos custos operacionais das instituições de saúde de todo o país.

Ainda mais preocupante são os números apresentados pelo Ministério da Saúde, quando dados demonstram que até setembro de 2024 as doenças respiratórias levaram a óbito 121.433 pessoas.

Neste post, apresentaremos as causas para o aumento das internações em razão desse tipo de problema e os desafios a serem enfrentados para a resolução dessa situação. Continue a leitura e confira!

O impacto das variações climáticas nas doenças respiratórias

As variações climáticas bruscas, especialmente no que se refere às mudanças de temperaturas e as condições do tempo, favorecem a proliferação de vírus e bactérias.

Segundo o Ministério da Saúde, os principais causadores dos óbitos no Brasil, quando o motivo envolve doenças respiratórias, são:

• gripe,

• pneumonia,

• enfisema,

• asma,

• Covid-19.

O vírus da influenza, por exemplo, é o grande causador de doenças em todo o país, possuindo um potencial enorme de transmissão.

Isso significa que uma pessoa infectada pode transmitir o vírus a partir da aproximação e convivência com outras, seja na escola, trabalho, igreja, clube, etc.

Baixa adesão à vacinação e aumento das doenças respiratórias

Outro sério problema que preocupa as autoridades e os profissionais de saúde em todo o país está na baixa adesão à vacinação.

Muitas pessoas não sabem, mas o Brasil fez parte do ranking dos 20 países com mais crianças não imunizadas do mundo, isso conforme os dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e Organização Mundial de Saúde (OMS).

Conseguimos, em 2024, sair dessa estatística, no entanto, muito precisa ser feito para alcançarmos o outro limite desse ranking, além de necessitarmos de grandes campanhas para a vacinação do público adulto em nosso país.

A falta de cuidado com esse assunto e consequentemente a não vacinação eleva o número de pessoas com doenças respiratórias e as internações.

Essa situação é ainda mais preocupante entre os grupos de risco, como o de idosos e crianças.

Os desafios do sistema de saúde com o aumento das internações

Como já observado anteriormente, são muitos os desafios a serem enfrentados pelo sistema de saúde em todo o país.

As doenças respiratórias vêm ocasionando um profundo impacto no que se refere às internações nos hospitais.

Superlotação, aumento dos custos operacionais e a necessidade na busca de novas estratégias para lidar com essa realidade fazem parte do dia a dia dos profissionais e gestores da saúde no Brasil.

É importante lembrar que a vacinação precisa fazer parte da rotina dos brasileiros, já que é uma solução eficiente que evita o desconforto das doenças e colabora de maneira efetiva para a diminuição da atual situação e realidade dos hospitais em nosso país.

A forma mais adequada para se combater essa situação está na prevenção, portanto, é preciso o incentivo para a vacinação contra as doenças respiratórias e aquelas sazonais que ocorrem especialmente em função das condições climáticas adversas.

Mas também existem outros problemas que precisam de atenção. Leia nosso post sobre a ansiedade e depressão: por que o Brasil ocupa os primeiros lugares no ranking mundial?