A recente revolução nos tratamentos oncológicos
Nos últimos anos, temos testemunhado avanços verdadeiramente revolucionários no campo dos tratamentos oncológicos.
A batalha contra o câncer, uma das doenças mais desafiadoras da medicina, tem sido intensificada por inovações científicas e tecnológicas que estão transformando a maneira como enfrentamos essa doença.
Uma das áreas mais empolgantes dessa revolução é a imunoterapia, uma abordagem terapêutica que estimula o sistema imunológico do paciente a reconhecer e combater as células cancerígenas.
Antes, o câncer podia evadir a detecção do sistema imunológico, mas agora, com drogas imunoterápicas inovadoras, como os inibidores de checkpoints imunológicos, estamos testemunhando respostas dramáticas em pacientes que antes não tinham opções.
Além disso, a terapia genética também está revolucionando o tratamento do câncer.
Terapias que modificam geneticamente as células do próprio paciente para atacar especificamente as células cancerígenas estão mostrando resultados impressionantes em diversos tipos de câncer, incluindo leucemia e linfoma.
Além dessas inovações que trazem mais assertividade para os tratamentos, temos também leis que incentivam a importação de medicamentos que ainda não estão no Brasil, facilitando o acesso para os pacientes ao redor do país.
Hoje, falaremos sobre essa revolução que, mesmo lenta, está trazendo esperança para milhares de brasileiros. Boa leitura.
A entrada de tratamentos oncológicos inovadores no Brasil
A entrada de tratamentos oncológicos inovadores no Brasil tem sido impulsionada por várias iniciativas, incluindo o estímulo à importação desses medicamentos, muitas vezes com taxas zeradas, e o processo de aprovação acelerado pela Anvisa.
O governo brasileiro tem reconhecido a importância de facilitar o acesso a tratamentos de ponta para pacientes com câncer, muitos dos quais anteriormente estavam indisponíveis no país.
Uma das maneiras de promover essa acessibilidade é reduzir ou até mesmo zerar as taxas de importação sobre esses medicamentos, tornando-os mais acessíveis para os pacientes e o sistema de saúde.
Dentre os principais métodos inovadores de tratamentos oncológicos que estão começando a fazer sucesso no Brasil, podemos citar:
Terapia genética: esta técnica envolve a modificação genética das células do próprio paciente para atacar especificamente as células cancerígenas. Um exemplo é a terapia com vírus oncolíticos, que infectam seletivamente as células tumorais e as destroem.
Medicina de precisão: esta abordagem utiliza informações genéticas e moleculares específicas do paciente para personalizar seu tratamento. Exemplos incluem testes genéticos para identificar mutações que podem ser alvos terapêuticos.
Radioterapia de precisão: utiliza tecnologias avançadas, como a radioterapia guiada por imagem e a radioterapia com intensidade modulada, para administrar doses precisas de radiação ao tumor, minimizando danos aos tecidos saudáveis circundantes.
Nanomedicina: ela usa nanotecnologia para entregar medicamentos diretamente às células cancerígenas, aumentando a eficácia do tratamento e reduzindo os efeitos colaterais.
Principais tratamentos oncológicos que mudam a vida de pacientes
Veja a seguir os principais tratamentos oncológicos que estão mudando a vida de pacientes ao redor do país em diferentes tipos de tumores malignos.
Câncer de mama
Neste tipo de câncer, um dos mais presentes na população brasileira, destaca-se a terapia alvo: medicamentos como o Trastuzumabe (Herceptin) são usados em pacientes com câncer de mama HER2-positivo.
Esses medicamentos visam especificamente as células cancerígenas que expressam o receptor HER2, ajudando a bloquear seu crescimento e reduzindo o risco de recorrência.
A terapia alvo pode melhorar significativamente as taxas de sobrevida e reduzir o risco de recorrência em pacientes com câncer de mama HER2-positivo
Câncer de próstata
Já neste caso, a terapia hormonal, também conhecida como terapia de deprivação de androgênio, é comumente usada no tratamento do câncer de próstata avançado.
Medicamentos, como a Leuprorrelina (Lupron), reduzem os níveis de testosterona, ajudando a retardar o crescimento do tumor.
Esta terapia hormonal pode ajudar a controlar o câncer de próstata, reduzindo os sintomas e retardando o avanço da doença.
Câncer de pâncreas
Em alguns casos de câncer de pâncreas, os pacientes podem receber quimioterapia antes da cirurgia para reduzir o tamanho do tumor e facilitar a remoção completa durante a cirurgia.
A quimioterapia neoadjuvante pode ajudar a aumentar as taxas de ressecabilidade do tumor, melhorando assim as chances de uma cirurgia bem-sucedida e reduzindo o risco de recorrência após a cirurgia.
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