A evolução da indústria farmacêutica no Brasil
A atual indústria farmacêutica brasileira é resultado de um longo processo histórico, repleto de evoluções e marcos bastante importantes.
Hoje em dia, o setor não apenas é fundamental para a economia do país, mas também contribui significativamente com a vida da população, fabricando medicamentos de alta qualidade.
Ainda assim, há um longo caminho a ser percorrido para alcançar os avanços obtidos por países estrangeiros, especialmente no que se refere ao desenvolvimento de medicamentos inovadores.
Para entender melhor como surgiu e se desenvolveu a indústria farmacêutica brasileira, continue a leitura!
As origens da indústria farmacêutica brasileira e os primeiros marcos regulatórios
Os primeiros passos desse setor foram dados no século XIX e, no Brasil, seu surgimento foi marcado por dois importantes acontecimentos: o Decreto 169 e a criação do Conselho de Saúde Pública.
O decreto entrou em vigor no dia 20 de janeiro de 1890 e continha 104 artigos, nos quais disciplinava as atividades sanitárias exercidas no território do país.
Assim, o documento estabelecia diretrizes que passaram a guiar as atividades das farmácias brasileiras, que incluíam tanto a comercialização quanto a fabricação de medicamentos.
Foi graças a esse decreto que ocorreu a criação do Conselho de Saúde Pública, composto por representantes da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, da Academia Nacional de Medicina, sucessora da Academia Imperial de Medicina, entre outras instituições.
Esses foram marcos fundamentais para a indústria farmacêutica brasileira, criando as primeiras diretrizes para o setor.
Avanços tecnológicos e impacto das crises sanitárias
Já no século XX, a indústria farmacêutica se viu diante de um cenário desafiador, que impulsionou o setor em direção a criações e inovações bastante importantes.
O início desse período foi marcado por intensas crises sanitárias, provocadas por epidemias como a da febre amarela e a da gripe espanhola, que acometeram diversas partes do mundo.
No Brasil, esse cenário levou farmacêuticos paulistas e cariocas a se unirem em busca de soluções, desenvolvendo vacinas e medicamentos que visavam reduzir o impacto das crises. Essa mobilização ficou conhecida como “Guerra das Vacinas”.
Além disso, esse foi um período de muitas trocas entre o continente europeu e o Brasil, de modo que alguns dos avanços obtidos no exterior passaram a chegar até o território brasileiro.
Essa evolução foi responsável por incentivar a criação de unidades de pesquisas e produção de vacinas no Instituto Soroterápico Federal, o atual Instituto Oswaldo Cruz, e no Instituto Butantan, em 1900.
Modernização e o papel das políticas recentes na expansão da indústria farmacêutica
Na década de 1990, o Brasil passava por um período de abertura comercial, que produziu efeitos sobre todos os setores do mercado, incluindo a indústria farmacêutica.
A partir desse momento, o país passou por mudanças regulatórias que atingiram também esse setor, a exemplo da criação da Lei dos Genéricos, aprovada em 1999.
Seu objetivo era o de impulsionar essa indústria no Brasil, criando a possibilidade de produção de medicamentos que atendessem às necessidades da população por um preço mais acessível, sem que fosse necessário recorrer aos similares.
Além disso, em 1999, também ocorreu a criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que desempenha um papel fundamental no desenvolvimento, na fabricação e comercialização de medicamentos no território nacional.
Desde então, esse setor tem passado por avanços significativos, permitindo o desenvolvimento de medicamentos cada vez mais eficazes para a população.
Ainda assim, há um longo caminho a ser percorrido, o que demanda investimentos em pesquisa e desenvolvimento, para que a indústria possa avançar ainda mais.
Agora que você já sabe tudo sobre esse assunto, continue por aqui e conheça também a importância dos medicamentos importados para tratamentos inovadores!